quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A Place to Bury Strangers: Exploding Head


Exploding Head (2009)


Não poderia deixar de citar o A Place to Bury Strangers antes que 2009 acabasse, já que esta foi também uma das melhores descobertas do ano. O que o APTBS fez nesse disco foi praticamente uma releitura de Psychocandy (1985), clássico álbum do The Jesus And Mary Chain - e digo isso sem desmerecê-los. Enquanto o clássico do JAMC é mais 'baixo' e até difícil de escutar para ouvidos mais refinados, Exploding Head é alto, bem alto, como o nome sugere. Um disco dançante e generosamente distorcido. Destaques para: "Deadbeat", "Exploding Head", "In Your Heart", "I Lived My Life to Stand in the Shadow of Your Heart" e todo o resto.

Pink Mountaintops: Outside Love


Outside Love (2009)


Enquanto "Execution" combina muito bem as vozes feminina e masculina com uma boa dose de distorção, a faixa-título, "Outside Love", carrega uma melancolia talvez um pouco exagerada e difícil de ouvir. Para compensar, temos "The Gayest Of Sunbeams" onde a distorção volta acompanhada por alguma dose de entusiasmo. A principal faixa do disco é "While We Were Dreaming" que em fina melancolia expõe um verso desta singularidade: "And if I could find your heart/ I would pull it from your chest/ And smash you with my fist/ Til it was beating". "Holiday", "Vampire" e "Closer to Heaven" também merecem destaque. É um disco essencialmente melancólico e uma das melhores descobertas de 2009.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Inverness: Forest Fortress (2009)

Forest Fortress (2009)

Com um som cheio de experimentalismo, o que a banda paulistana Inverness faz é uma boa mistura de barulho e ternura, enquanto flerta com psicodelia e shoegaze. O uso de samples da natureza, como na faixa-título “Forest Fortress” e em “A Lynx in the Tall Grass”, dão um certo clima bucólico ao disco. Quem já ouviu a banda ao vivo nota que o Inverness do disco não é exatamente o mesmo no palco. Nele o som é mais ruidoso. Ruidoso e delicado ao mesmo tempo. Mas as melhores faixas funcionam tão bem no disco quanto ao vivo. Destaques: “Bats”, “Astral Slide”, “Tongueling” e “Her Nectar”.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Wry + The Soundscapes + Inverness + Pale Sunday + Duelectrum em Sorocaba

por Wemerson Araújo

Sorocaba sempre foi e sempre será uma cidade roqueira, mas nos últimos anos existiu aqui uma carência de local pra shows, principalmente quando se fala em bandas de rock alternativo e independentes. Há alguns dias essa falta de espaço foi suprida pela inauguração do bar Asteroid, que recoloca a cidade no calendário de shows desse tipo. Na verdade estou aqui para falar sobre os shows que rolaram no dia 19/12/2009, no próprio Asteroid, mas eu não podia deixar de registrar essa excelente novidade aqui na nossa querida e amada Sorocity. Então vamos aos shows.

Pale Sunday - Vou começar com a segunda banda que se apresentou porque me atrasei e perdi o Duelectrum. O bar ainda não estava completamente cheio quando veio ao palco o Pale Sunday. Os caras são lá de Jardinópolis, interior paulista, e fazem um indie/pop muito bom. O show foi ótimo e a banda fez o que se esperava. Pena que tinha mais gente lá fora na área de fumantes do que perto do palco.

Lucas de Almeida, voz/guitarra do Inverness
Inverness - Estes não precisam de apresentação porque você, leitor desse blog, com certeza já leu a entrevista postada aqui pela Talita. A apresentação me surpreendeu positivamente. Eu já conhecia meia dúzia de músicas do grupo e imaginei que o show seria bom mas morno, porém o show foi bem legal, cheio de energia, distorcido, barulhento e psicodélico. Parabéns ao Inverness.







The Soundscapes - Os paranaenses formaram a banda lá em NY, em 2006. Já abriram shows no Brasil para o The Make Up, Superchunk, Jon Spencer Blues Explosion, Yo La Tengo e Stephen Malkmus. Sempre que a noite tem mais de um grupo pra tocar, dizem que a cereja do bolo fica pro final mas neste caso não foi bem assim, o Soundscapes fez sem dúvida o melhor show da noite. Olhei para o palco e pensei: putz, muito bom mesmo, mas cadê o resto da banda? A dupla de irmãos tocou muito. Quero ver de novo!

Wry
Wry - Depois de sete anos morando na Inglaterra, a melhor banda de Sorocaba e uma das melhores do Brasil está de volta. Isso para o bem da cena rock independente do país. O show foi bom, mas minha expectativa era que fosse ótimo. A apresentação foi curta e com algumas falhas técnicas. Como é de praxe, tocaram apenas músicas novas, que são boas, mas um clássico hit é sempre bom também.