Inverness
Foto: Divulgação
Há um ano, você leu aqui sobre
Inverness, banda de quatro garotos paulistanos influenciados pelo shoegaze do My Bloody Valentine, entre outras coisas. O vocalista e guitarrista Mateus Perito volta a falar ao
Songs to Valentina, dessa vez especialmente sobre o segundo disco da banda,
Somewhere I Can Hear My Heart Beating, previsto para o próximo semestre, e sobre a nova fase da banda.
Songs to Valentina - Atualmente vocês estão sendo produzidos por alguém ou o novo disco é totalmente independente?
Mateus Perito - Mais independente impossível! Estamos só nós quatro tentando usar todas as nossas habilidades para fazer dar certo, mas claro que abertos a novas parcerias.
STV - As referências musicais na composição desse segundo disco continuaram as mesmas?
Mateus - Não posso dizer por todos, mas imagino que as referências básicas continuam e novas apareceram. Atualmente, o Lucas, o Frá e eu andamos ouvindo muita música brasileira, Jorge Ben é rei no momento, e eu também ando bastante viciado em Rap. O Frá viciou em Dorival Caymmi, Cartola, Elomar e também continua pirando em coisas eletrônicas como o novo do Crystal Castles, Justice e MSTRKRFT. Mas posso dizer que esse nosso novo disco é muito mais Inverness do que qualquer referência que possamos ter.
STV - O que esse disco tem de diferente do anterior (Forest Fortress, de 2009)?
Mateus - O conceito é um pouco diferente. No Forest Fortress tratamos da interação entre cidade e natureza, nesse falamos mais de nós mesmos, do silêncio, da fuga para um lugar tranquilo. De qualquer forma, o disco foi um grande amadurecimento, apesar de termos trabalhado menos tempo nas músicas do que no Forest Fortress, elas estão todas muito mais redondinhas. Escolhemos também um método um pouco diferente de gravação, fazendo menos coisas no estúdio e mais em casa.
STV - Sobre o que falam as novas músicas?
Mateus - Apesar de ser um clichê, falamos bastante de amor, um pouco sobre a solidão, um pouco sobre o silêncio, o ponto-chave é que falamos muito mais do que sentimos, desta vez.
STV - Qual a previsão de lançamento de Somewhere I Can Hear My Heart Beating?
Mateus - Nós estamos terminando as gravações. Sendo muito pessimista, até o fim de setembro já estará circulando, mas isso apenas sendo pessimista. Provavelmente até o final do mês lançaremos o clipe do primeiro single, filmado com direção de André Vicentini, um novo cineasta que coincidentemente já havia feito um curta com o nome Inverness e caiu como uma luva para compor esse trabalho, e também com participação do grupo performático Cinetose (www.cinetose.com.br). Depois falem pra gente o acharam!
STV - Vai ser lançado virtualmente como Forest Fortress?
Mateus - Vai sim! Nós também temos uma parceria com um selo virtual chamado Psicotropicodelia, que vai dar uma força no lançamento e na divulgação. Talvez tenhamos uma forma de distribuição física, mas nada confirmado ainda. De qualquer forma todos terão acesso.
STV - Certa vez, o Myspace da banda divulgava uma data de show em NY. Rolou mesmo? Como foi essa experiência?
Mateus - Na verdade não rolou, o que é bem triste. A ideia inicial era uma turnê nos Estados Unidos e estava rolando, com as datas e tudo. Tínhamos uma boa quantidade de shows, entretanto, tivemos problemas com os vistos. Seguramos a turnê, mas conversamos com os locais e eles nos disseram que quando pudermos ir temos portas abertas para tocar.
STV - O Forest Fortress, em formato físico, saiu?
Mateus - Não com a Pisces, como o prometido. Inicialmente por uma série de problemas, mas nós fizemos questão de fazermos e distribuirmos o disco por conta própria, o que deu relativamente certo. Mas no fundo não importa muito, desde que as pessoas ouçam nossas músicas já ficamos suficientemente felizes!
STV - Quais os próximos shows?
Mateus - Com a bagunça que é gravar um disco, estamos bem vagarosos com shows. Fomos convidados para tocar em Taubaté e estamos vendo os detalhes, assim que tivermos uma resposta definitiva todos saberão por meio do nosso myspace.