domingo, 20 de novembro de 2011

Sonic Youth: o maior ícone do rock alternativo e experimental


 Sonic Youth - 14/11/11, SWU, Paulínia (SP)

                                                                                Foto: Jorge Rosenberg

Após quase uma semana da 2ª edição do festival SWU, no qual pode ter acontecido a última apresentação dos nova-iorquinos do Sonic Youth, depois de um "futuro incerto" anunciado pela gravadora Matador, "Mote", "Cross The Breeze", "Schizophrenia" e "Drunken Butterfly" ainda ecoam na minha cabeça.

"Mote", apesar de ser de um dos discos mais conhecidos, Goo (1990), aquele cuja camiseta muitos admiradores têm, não é exatamente um hit do álbum. Até Kurt Cobain aparece no documentário 1991: The Year Punk Broke usando uma camiseta com a estampa da capa de Goo. "Mote", cantada por Lee Ranaldo, sempre foi uma das minhas músicas preferidas do Sonic Youth. A imagem de Lee, aliás, é a que melhor evidencia quanto tempo já passou - 30 anos de banda - e digo isso unicamente pelos fios grisalhos na cabeça. No palco, Thurston Moore, aos 53 anos, ainda é o mesmo rapaz alto, de cabelo cobrindo o rosto, tocando sua guitarra com tanta intensidade que em determinados momentos parece ter um orgasmo sônico. A expressão veio bem a calhar. Kim Gordon nunca  fez o tipo simpática ou pretensiosamente sexy, mas sempre executa com graça e alta legitimidade sua função no palco. Steve Shelley, apareceu no palco e sentou-se à bateria para os últimos ajustes minutos antes do show. Não houve nenhum alvoroço. Naquele momento Steve era a melhor representação do Sonic Youth, uma banda ao mesmo tempo tão cultuada e tão pouco popular.

"Cross The Breeze" é uma das minhas faixas preferidas do espetacular Daydream Nation (1988), metamorfoseia-se lindamente da suavidade à forte energia. "Schizophrenia" foi anunciada por Thurston como "Sister", que na verdade é o nome do disco lançado em 1987 no qual a música está. O blefe rendeu um sorrisinho de Mark Ibold, o guitarrista que os acompanha, membro original do Pavement. "Drunken Butterfly", do álbum Dirty (1992), já começa explosiva. Cantada por Kim que rodopia e rodopia em êxtase. Pleasure is mine, Kim. Na sequência, entre outras, tocaram a "pop" "Sugar Kane", também do álbum Dirty e encerram o show com "Teen Age Riot", outra faixa de Daydream Nation, um dos discos mais queridos pelos fãs.

Eu não admiro nenhuma outra banda como admiro o Sonic Youth no palco. É praticamente uma veneração. Em termos de produtividade, influência, integridade e performance ao vivo, Sonic Youth é icônico, absolutamente.


I love their noise all the time.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Damon Albarn apresenta seu novo projeto: Rocket Juice and The Moon

Divulgação
                                
Damon Albarn é um músico inquieto, no melhor sentido. Como se não bastasse sua boa reputação como frontman de uma das melhores bandas do Britpop 90, o Blur, ao longo dos anos ele vem ocupando o noticiário musical a cada projeto em que se envolve. Quem não se lembra da banda semivirtual Gorillaz? Anos depois, Damon surgiu com o excelente The Good, The Bad and The Queen, que incluia ex-integrantes do Verve e do Clash - projeto sobre o qual você já leu aqui. Recentemente o músico lançou o projeto DRC Music, que rendeu um álbum beneficente, agora a notícia que repercuti no mundo do rock é sua mais nova banda chamada Rocket Juice and The Moon, com Tony Allen (o mesmo que tocou bateria no The Good, The Bad and The Queen) e Flea, sim, ele mesmo, o baixista do Red Hot Chilli Peppers. Abaixo, você ouve "Poison", da primeira apresentação da banda no dia 28 de outubro, em Londres.