Em 26 de junho de 1990 o Sonic Youth lançava Goo, primeiro por uma grande gravadora, a Geffen, da qual a banda só se desvinculou em 2007 quando foi para a menor e não menos importante Matador. Não é novidade que eles eram uns dos heróis do jovem e iniciante Kurt Cobain que então se tornara maior até que os próprios heróis. E Goo foi lançado exatamente na febre grunge norte-americana e rendeu turnês pela Europa e Estados Unidos ao lado do Nirvana. Assim, o Sonic Youth experimentou nessa fase “Goo-Dirty” algum sucesso comercial. Goo é o sucessor do espetacular Daydream Nation (1988) e é possivelmente o disco cujas canções têm os videoclipes mais toscos já produzidos - vide “Tunic (Song for Karen)” e “My Friend Goo” -, mas também há boas produções audiovisuais como em “Kool Thing”, o primeiro single, no qual a loira e linda Kim Gordon flerta com o rapper Chuck D e exibi-se com gatinhos. “Disappearer” também é dos melhores, e o encantador vídeo de “Dirty Boots” transpira amor grunge adolescente. “Mote”, cantada por Lee Ranaldo, "Titanium Exposé" e “Mildred Pierce” também estão entre os destaques do disco. Um álbum depois (Dirty, de 1992) e o Sonic Youth pondera o “sucesso”, transgride, e reaparece com Experimental Jet Set, Trash And No Star (1994) talvez desapontando de certo modo os fãs casuais conquistados com Goo. Fato é que este álbum sempre será lembrado como um dos melhores da banda, seja ele - moderadamente - comercial ou não.
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